quarta-feira, 4 de junho de 2008

Alanis Morissette desnorteada.

Canadense volta confusa em novo disco.


Quando se fala em novidade da Alanis Morissette, todos os olhares da mídia miram à cantora. Seja isso bem ou mal, Alanis vem se mantendo por 13 anos no seasa disputadíssimo do pop. Mas há muito perdeu o vigor e a qualidade do primeiro trabalho Jiggle Little Pill de 1995. Todo esse tempo a moça tem nos apresentado albuns irregulares, com uma ou outra canção realente boa, mas que garantiu vendas um tanto quanto pompozas. Infelizmente Flavors of Entanglement padece desde mesmo mal. O sétimo disco de carreira da cantora, por completo, é confuso. Alanis parece viver um dilema atormentador em ser ou não dançante. O disco traz momentos frenéticos à base de muitos beats, sintetizadores e outros menos inspirados em baladas mornas. O álbum possui 11 faixas e foi produzido por Guy Sigstown, que já trabalhou em hits de Seal ("Crazy") e Madonna ("What A Feel for a Girl"), talvez a culpa deva ser dele em tentar 'mudernizar' o som da canadense. O álbum é o primeiro lançamento desde So Called Chaos de 2003. Durante esse tempo Alanis lançou uma coletânea compilando seus hits em 2005, e uma versão comemorativa pelos 10 anos de Jiggle Little Pill em versão acústica.

Flavors
já começa estranho. "Citizen of the Planet" inicia com um clima indiano e fica pesada nos refrões, os riffs são muito bons, mas não empolgam, longe disso. Na sequência com "Underneath"Alanis parece copiar a si mesma, a faixa é um 'mix' de "Everything" de 2003, do mega hit "Hands Clean" de 2001 e outras. A música é uma das poucas que realmente tem características de rádio e não à toa é o primeiro single. Quando "Straitjacket" começa, parece ouvir coisas desses DJs da Europa. Muitos sintetizadores, bem agitada, mas talvez não empolgue os mais exigentes das pistas. Nesse momento, os beats diminuem e "Not As Me" é um 'baladão' com base de piano. Será hit com certeza, mas nem de longe lembra a Alanis de "Thank U". "Morotorim" é um drum 'n' bass, sim, acreditem! Ao menos essa empolga. A balada "Torch" é mais fria que o
clima habitual do Canadá. Na sequência "Giggling Again" sintetiza bem o que Alanis tentou fazer. Um disco agitado, pras pistas. Se todo o disco fosse metade desta faixa, talvez Flavors desceria redondo e não quadrado. O álbum se encerra com a xarope "Incomplete". E assim se foi o lançamento mais chato da Alanis Morissette, que já não está em boa fase desde a virada do milênio.

Após cinco anos em jejum de um disco inteiro de inéditas, Morissette volta confusa. Parecendo viver um dilema: dançar ou emocionar? Enquanto ela se endaga nesse disco, muitos fãs não vão ser tão complacentes com a cantora, pois Flavors tem mais baixos do que altos momentos. Mas como a cantora tem uma fatia respeitável e rentável de fãs, Flavors of Entanglement não irá passar batido se Alanis escolher as músicas certas para single. É até irônico ver a cantora de "Ironic" sendo tão infeliz em um álbum. Há quem diga por aí que Alanis não produz nada relevante e bom desde o seu 'debut'. Equivocados ou não, isso se confirma em Flavors.


Alanis Morissette
Flavors of Entanglement
Warner
Nota: 5,0












Veja o primeiro clipe de Flavors, "Underneath":



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