segunda-feira, 28 de abril de 2008

Novidades na rede.

Cansey de Ser Sexy e Coldplay colocam singles para download gratuito. Madonna coloca Hardy Candy na íntegra no MSN.



A semana começa agitada no meio musical. Hoje (28) Madonna disponibilizou Hard Candy, seu novo CD completo pra audição no portal MSN . Além disso, Coldplay e CSS (Cansey de Ser Sexy) colocam pra download na faixa seus novos singles. O novo som do Cansey de Ser Sexy aposta numa estrutura mais rock, menos eletro e também menos debochada. "Rate Is Dead (Rage)" já está disponível para download no site oficial da banda, para conferir clique aqui. Amanhã (29) é a vez de Coldplay colocar em seu site oficial, o single "Violet Hill" para down gratuito. Segundo um comunicado oficial na página dos caras, a música ficará uma semana - apartir do dia 29 - para download gratuito. A música fará parte do novo CD Viva La Vida or Death and All His Friends, que deve chegar às lojas em junho. Eles disseram que essa seria uma nova estratégia de marketing. Marketing ou barreira à pirataria? Estratégias à parte é bom ficar esperto pra conferir.

update: para baixar o novo som do Coldplay clique aqui.

Top 20 Brasil.

Mariah Carey assume o topo!


Depois de três semanas reinando absoluta, Rihanna perde a primeira posição para o novo hit de Mariah Carey "Touch My Body", segundo o site Hot100 que lista as músicas mais pedidas das rádios de todo o Brasil. "Don´t Stop the Music" derrapa, mas pouco e fica com a segunda posição. Mariah Carey que começa a semana em primeiro lugar na parada da Billboard como álbum mais vendido até então. "Touch My Body" já é sucesso absoluto em diversos países e nem hit pop dance de Rihanna conseguiu segurar. E na rabeira delas vem a rainha do pop Madonna. Na companhia de Justin Timberlake, "4 Minutes" escalou três degraus e assume a terceira posição completando o clube da luluzinha no podium desta semana. Na quarta posição, a balada pegajosa de Chris Brown, "With You" escalou cinco posições. Sean Kingston fica mais uma vez na quinta posição com "Me Love". A parada teve duas estreias dentre o Top 20, Charlie Brown Jr com "Uma Criança Com Seu Olhar" na décima e nona posição, e a baladona "I'll Be Waiting" de Lenny Kravitz na décima e sétima posição. Saíram da parada Sideral e Nx Zero. Confira abaixo o sobe e desce da semana*:


  1. Touch My Body - Mariah Carey (Universal) [Sem. Passada: 2] [+1]
  2. Don't Stop The Music - Rihanna (Universal ) [Sem. Passada: 1] [-1]
  3. 4 Minutes - Madonna ft Justin Timberlake (Warner) [Sem. Passada: 6] [+3]
  4. With You - Chris Brown (SonyBMG) [Sem. Passada: 9] [+5]
  5. Me Love - Sean Kingston (SonyBMG) [Sem. Passada: 5] [=]
  6. Semente - Armandinho (Universal) [Sem. Passada: 3] [-3]
  7. Low - Flo Rida ft T-Pain (Warner) [Sem. Passada: 4] [-3]
  8. Extravasa - Babado Novo (Universal) [Sem. Passada: 7] [-1]
  9. Piece Of Me - Britney Spears (SonyBMG) [Sem. Passada: 8] [-1]
  10. Beleza Pura - Skank (SonyBMG) [Sem. Passada: 11] [+1]
  11. Bang Bang - Dibob (Som Livre) [Sem. Passada: 12] [+1]
  12. No One - Alicia Keys (SonyBMG) [Sem. Passada: 10] [-2]
  13. Bye Bye (ao vivo) - Inimigos da HP (EMI) [Sem. Passada: 13] [+3]
  14. Pense em Mim - Darvin (Independente) [Sem. Passada: 20] [+6]
  15. Teardrops On My Guitar - Taylor Swift (Universal) [Sem. Passada: 17] [+2]
  16. Clumsy - Fergie (Universal) [Sem. Passada: 13] [-3]
  17. I'll Be Waiting - Lenny Kravitz (EMI) [Estréia]
  18. Dança do Créu - MC Créu (Furacão 2000) [Sem. Passada: 14] [-4]
  19. Uma Criança com Seu Olhar - Charlie Brown Jr. (EMI) [Estréia]
  20. Ainda Assim Te Amo - Guto & Nando (Atração) [Sem. Passada: 18] [-2]

*Semana do dia 19 ao dia 25 de abril.

Confira a lista completa das 100 músicas mais tocadas do Brasil
aqui.

sábado, 26 de abril de 2008

Na onda dos anos 60.

Banda Panic at the Disco abandona a exclamação do nome e também o emo no novo disco.


Tudo o que disser daqui pra frente sobre o novo disco do Panic At The Disco, o Pretty ODD. vai parecer redundante e repetitivo. Porém é impossível não ressaltar coisas tão evidentes no trabalho dos caras. A banda não somente abandonou o ponto de exclamação do nome como também deixou o emo de lado, apenas visível nas franjas que ainda acompanham os rapazes. Agora a "influência" explícita nesse CD é Beatles na fase St Peppers Lonely Hearts Club Band. Tudo faz referências à banda britânica, desde a arte do álbum aos clipes. Tudo muito colorido. O que se repete também nas melodias da bolacha. O que temos aqui é a fenômeno inverso à onda emo. Assim como o My Chemical Romance que ganhou a crítica após lançar o seu The Black Parade que apostava numa sonoridade a lá Queen. O PATD voa bem mais alto que o estilo limitador que virou nome feio entre críticos e fãs. Pretty ODD ganha o ouvinte por tentar ser diferente da leva. Músicas inspiradíssimas, bons arranjos de metais, ótimos backing vocals, alguns folks. Quem curtiu o primeiro lançamento, o A Fever You Can't Sweeat Out que chegou às lojas em 2005 pode se espantar. Logo na abertura "We're So Starving" já se percebe certa diferença, backing vocals e um bom riff em pouco mais de um minuto. Na seqüência o primeiro single "Nine In The Afternoon" fica mais explícita a sonoridade anos 60 com um ótimo arranjo de metais, não por acaso, a música ganhou um clipe saudosista com fantasias que lembram St Peppers dos Beatles já citado por aqui. O hit passa uma urgência determinante e bastante pegajosa. Pode agradar alguns fãs antigos. Mas nada que lembre o clima teatral e emo de "I Write Sins Not Tragedies". Para produzir o disco foi chamado o Rob Mathews (Lou Reed, Rod Stewart) que fez os arranjos e ainda tocou piano, guitarra, violão e bandolim. Escolheram o famoso estúdio Abbey Road em Londres. Não à toa, onde se produziu muitos discos dos Beatles. O grupo vai bem de folks como em "Do You Know What I Seeing" como uma ótima gaita pautada pela boa estrutura vocal. Na breve "I Have Friends Holy Place" que tem uma estrutura velha, um arranjo perfeito de metais e bambolim. "Northern Downpour" é desde já candidata a single. Uma boa contrução vocal, um refrão bonito e ótimo backing vocals o que se repete em diversas faixas. "When the Night Met the Night" chama atenção pela sua estrutura um pouco estranha e pela ótima sequência de sopros. A açucarada "Pas de Cheval" pode ganhar os fãs mais radicais, pelo refrão e por toda música em si. O clima circense fica nítido em "The Piano Know Something I Don´t Know". Em "Behind the Sea" a banda está praticamente irreconhecível. No country "Folkin' Around" o ouvinte é envolvido até o fim da canção. Na sequência "She Had the World" e "From A Mountain in The Middle of the Cabins" uma sessão quase clássica. O disco se encerra com a "amimadinha" "Mad As Robbits", bons backing vocals. E no fim, como não acreditar no novo trampo do Panic At the Disco? Pode não parecer original rebuscar sonoridades dos anos 60 e se "influenciar" em Beatles. Mas é bem melhor ouvir uma banda que se inspira em Beatles do que tantas outras que se espelham em Dashboard Confessional. Pode ser um fracasso Pretty ODD, mas é bem legal ver o Panic sem a exclamação e sem o emo, e junto com My Chemical Romance, Fall Out Boy ainda nos faz acreditar que essa turma ainda pode ter o seu valor se esquecer essas pseudo-angústias. Sem o emo exagerado tudo pode ficar melhor. Por favor, então, avisem a galera do Brasil!


Panic at the Disco
Pretty ODD
Warner
Nota: 8,0







Veja o clipe de "Nine in The Afternoon":

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Amy Winehouse é presa!

A cantora teria agredido um homem em bar e se apresenta voluntariamente na delegacia.


Que Amy Winehouse sempre se mete em confusão, isso já não é mais novidade. Mas dessa vez Amy parece ter extrapolado os limites, pois nesta sexta feira (25) a cantora foi detida em uma delegacia em Camden, norte de Londres. A cantora se apresentou voluntariamente e está sob custódia acusada de ter agredido um homem de 38 anos. Sua chegada foi clicada e acompanhada por diversos paparazzi e repórteres. Segundo a imprensa local, um homem disse ter sido atingido ao entrar na frente da cantora, que jogava sinuca em um bar de Camden. E também teria dado uma cabeçada em outro que tentava arranjar um táxi a ela na madrugada da última quarta feira (23). A talentosa cantora tem um histórico nada animador de polêmicas e envolvimento com drogas, que tem sobressaído sobre suas músicas. Dona de um vozeirão potente, Winehouse ganhou diversos Grammy's e seu último álbum, o ótimo Back to Black já vendeu mais de 4 milhões de cópias em todo o mundo. Tomara que Amy não morra antes de gravar o próximo disco.

Update: A cantora foi solta na manhã deste sábado (26), recebeu uma advertência após ter reconhecido a agressão que será anexada ao histórico - enorme - de Amy Winehouse. Não haverá nenhum processo judicial. Sai dessa, hein Amy?

Confira abaixo a Amy fazendo o que sabe de melhor no seu novo clipe "Tear Dry on Their Own":

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Capital na capital.

Capital Inicial gravou no dia 21 de abril o primeiro DVD/CD ao vivo na Explanada dos Ministérios pela Multishow.


A banda Capital Inicial levou uma multidão para gravação de seu DVD/CD Multishow Ao Vivo. A festa aconteceu na Esplanada dos Ministérios, no 48º aniversário de Brasília. Segundo a polícia militar, eram de 500 mil a 600 mil vendo o show e mais de um milhão da esplanada por completo. A festa teve outras atrações, mas o ponto auto realmente foi o Capital Inicial. Ao todo a banda tocou 24 músicas, sendo elas três inéditas - "Passos Flasos", "Algum Dia" e "Dançando Com A Lua", uma cover do Raimundos "Mulher de Fases" e ainda o set-list habitual em homenagem à Legião Urbana: "Geração Coca - Cola", "Que País É Este?" e "Por Enquanto". O resto foi os super hits de toda a carreira da banda, da faze antiga: "Independência", "Fátima" e da fase atual: "Eu Nunca Disse Adeus", "A Sua Maneira" e "O Mundo". O disco ainda não tem uma data fixa de lançamento, mas a previsão é que chegue nas lojas no segundo semestre deste ano. Com esse DVD, a banda Capital Inicial mostra mais uma vez que é um dos nomes mais importantes da história do rock nacional.

"Young Love"

Mystery Jets deixa excentricidades de lado e aposta no pop e rock em Twenty One.


Pense em montar sua banda, ok? Agora pense nos integrantes, provavelmente você pensará em amigos, certo? Não com a galera do Mystery Jets. Eles até chegaram a pensar nesse mesmo esquema. Mas o vocalista e guitarrista Blaine Harrisson chamou seu pai, Henry Harrison para fazer parte da banda, para cantar e tocar guitarra. Completando o time: Willian Rees na guitarra, vocais, percussão e teclados, Kai Fish no baixo, vocais e guitarra, e Kapil Trivedi na bateria. Com essa formação maluca eles lançaram o psicodélico Making Dens de 2006, marcado por teclados, viagens sonoras e algumas músicas que ultrapassavam os cinco minutos. Todo esse barulho vindo de Londres reafirmou as excentricidades dos ingleses. No final de 2007 o paizão rock star Henry Harrison saiu da banda e os caras pareceram abrir mais as opções sonoras da banda. Deixando as viagens psicodélicas um pouco de lado - mas não totalmente - em 21. O que temos nesse disco é um pop/rock bem tocado, acessível, porém de muita qualidade. Belas baladas e músicas que podem se tornar hit nos próximos segundos. A abertura com a arladeante "Hideaway" é um bom convite. Com sintetizadores, bateria cativante e refrão fácil. Começa bem logo de cara. Na seqüência, umas das melhores músicas de 2008, "Young Love" que tem a participação da gata e ótima cantora Laura Marling. A faixa, é pop até os ossos, paira na sua mente após dias e dias, foi o que aconteceu comigo. Talvez, essa seja a confirmação de que Mystery Jets quer ser conhecido sem perder sua essência alternativa. O som é um absurdo de bom. Já ganharia um nove aqui só por ela. O disco mantém o ponto auto com a bem humorada "Half in Love with Elizabeth". "Flakes" é uma balada certeira com melodia bonita e andamento perfeito. O álbum lhe surpreende a cada faixa. Ótimos dedilhados em "Veiled in Grey" e traz mais uma vez o vocal inspirado de Blaine. Som bom pra ouvir tranqüilo, refletindo sobre sua vida cretina. O novo single "Two Doors Down" pode até parecer uma piada com a banda Three Doors Down. Não fique surpreso se ouvi - lá em uma "baladinha" indie, ela é bem animada e traz um belo arranjo de sax. Ganhou um clipe engraçado que segue aqui após o texto. O álbum continua bem - pelo visto, parece que todas as faixas vão ganhar destaque - e temos ótimas guitarras em "MJ" o piano fazendo base em "Umbrellahead" que chega a lembrar à ótima "Mr Pitful" de Matt Costa, mas sem o mesmo ritmo. "Hand Me Down" vem cheia de efeitos, "barulhinhos" e um refrão cativante. O disco segue com a boa "First to Know". "Behind the Bunhouse" é uma bela canção, gostosa de ouvir assim como todo o 21. Traz os ótimos backing vocals de Willian Rees. E então o CD se encerra com a faixa-título, apenas vocal e piano. Blaine leva muita emoção pra faixa e a deixa ainda mais bela. No fim, é inspirador ouvir Twenty One do Mystery Jets. A banda dosa bem momentos agitados e calmos em belas composições pop. Sim, porque nesse disco, Blaine Harrison e sua turma não tiveram medo de se enveredar no pop/rock. Aqui, a impressão que fica é essa: Mystery Jets é bom pra mercado. Isso não significa que o som é pop descartável, muito pelo contrário. Os rapazes devem estar dando orgulho na rainha.





Mystery Jets
Twenty One (21)
Rough Trade, Dim Mak
Nota: 10,0










Veja o novo clipe do Mystery Jets, "Two Doors Down":

Mariah Carey no topo!

Novo disco da cantora chega ao número 1 na Billboard com a impressionante marca de 463 mil cópias logo na primeira semana de lançamento.


Mariah Carey é uma artista de sucesso, já esteve no limbo e sabe muito bem o sabor de se estar por baixo. Mas em 2005 ela deu a volta por cima com The Emacipation of Mimi que vendeu cerca de 10 milhões de cópias em todo o mundo, emplacando diversos hits número 1 em volta do planeta. Dessa vez parece não ser diferente. O novo cd da moça E=MC² - a fórmula do sucesso? - vendeu em torno de 154 mil cópias no primeiro dia de lançamento e na semana chegou à marca de 463 mil cópias. Um número bastante expressivo em tempos de download. O primeiro single "Touch My Body" chegou ao número um da parada da Billboard, este é o 18º feito da cantora, que ultrapassou o Elvis Presley e está a apenas 2 singles de superar os Beatles. Ainda falando de números, superou o recorde do ano de Jack Jackson, vendou 88 mil cópias a mais que If I Had Eyes do cantor. Mariah fez um esquema forte e foi a diversos programas populares como American Idol, Saturday Night Live e o da Oprah, antes de lançar o sua nova empreitada. Anteriormente, a australiana Kile Minougue fez um esquema parecido mas não obteve, nem de longe o mesmo êxito. Especialistas apontam o álbum como o maior vendedor de CD de 2008. Isso antes do lançamento de Hard Candy da Madonna que chega nas lojas de todo o mundo na próxima semana. Tendo como presuposto o novo single de Carey, os especialistas estão com razão, o álbum tem fôlego pra mais uns 3 singles no mínimo. Agora é aguardar o tão esperado álbum da rainha do pop Madonna.


Veja o clipe de "Touch My Body" da Mariah Carey:



Prêmio Multishow.

Capital Inicial, NX Zero, Vanessa da Mata, Charlie Brown Jr. e Maria Rita lideram indicações.


No dia 1º de julho no Teatro Municipal do Rio de Janeiro acontecerá o 15º Prêmio Multishow de Música Brasileira. Depois de três meses de votação aberta pela internet, agora cada categoria ganhou cinco finalistas. A votação da segunda fase vai até o dia 30 de junho. Capital Inicial, Nx Zero, Vanessa da Mata e Charlie Brown Jr. lideram as indicações para o prêmio. Os quatro possuem quatro indicações cada - 4 com 4? será que dá bixo? -. Ao todo os telespectadores podem votar no site da Multishow em nove categorias: revelação, cantor, cantora, grupo, CD, DVD, clipe, instrumentista e show. Pitty marca presença mais uma vez no evento, provando ser nome grande no cenário rock brazuca, a futura mamãe aparece indicada em três categorias: melhor CD e DVD pelo "{Des} Concerto - Ao Vivo", e clipe por "Pulsos". Também em três categorias estão os rapazes do CPM 22, concorrendo por melhor grupo, cd e clipe. Na categoria revelação concorrem os cuibanos do Vanguart, Strike, a excelente Ana Cañas, Scracho e Diogo Nogueira -!-. Como ocorre desde 2001, a festa terá um grande homenageado, lembrando que no ano passado foi Chico Science. A festa ainda terá shows de Charlie Brown Jr., Ana Carolina, Capital Inicial e Ivete Sangalo. A apresentação ficará por conta da divertida Fernanda Torres. A cada ano o prêmio vem ganhando mais força e parece querer competir com o consagrado VMB, da MTV Brasil. Este ano o programa do Edgard "Circo do Edgard" foi transformado em "Circo dos Indicados" para apresentar as estrelas da festa. O Som ficou a cargo de uma "super" banda - qualquer semelhança com a da MTV é mera cópia - que detinha Dani do NX Zero na bateria, Edgard Escandurra do Ira! na guitarra, Champignon dos Revolucionários no baixo e Pitty nos vocais. O clima do programa também cheirava a outra emissora musical. Enfim, especulações à parte. Esta premiação promete ser uma das melhores da Multishow. Confira abaixo a lista dos indicados em todas as categorias:


Melhor cantora
Ana Carolina
Claudia Leite
Ivete Sangalo
Maria Rita
Vanessa da Mata

Melhor show
Ana Carolina – Dois Quartos
Rita Lee – Pic Nic
Vanessa da Mata – Sim
Charlie Brown Jr. – Ritmo, Ritual e Responsa

Melhor grupo
NX Zero
Charlie Brown Jr.
CPM 22
Jota Quest
Natirruts

Melhor cantor
Di Ferrero (NX Zero)
Samuel Rosa
Caetano Veloso
Dinho Ouro Preto (Capital Inicial)
Chorão (Charlie Brown Jr.)

Melhor CD
CPM 22 – “Cidade cinza”
Maria Rita – “Samba meu”
Capital Inicial – “Eu nunca disse adeus”
Vanessa da Mata – “Sim”
Pitty – “(Des)concerto ao vivo”

Melhor música
“Tá perdoado” – Maria Rita
“Pela última vez” – NX Zero
“Exttravasa” – Babado Novo
“Boa sorte/Good luck” – Vanessa da Mata
“Não precisa mudar” – Ivete Sangalo e Saulo Fernandes


Melhor clipe
NX Zero – “Pela última vez”
Pitty – “Pulsos”
Capital Inicial – “Aqui”
CPM 22 – “Nossa música”
Charlie Bown Jr. – “Pontes indestrutíveis”

Melhor DVD
“Multishow ao Vivo” – Ivete no Maracanã
Pitty – “(Des)concerto ao vivo”
Zélia Duncan – “Pré pós tudo bossa band”
Cidade do Samba – “Vários”
Paralamas do Sucesso – “Ao vivo Rock in Rio I (1985)”


Revelação
Strike
Ana Cañas
Vanguart
Diogo Nogueira
Scracho

Instrumentista
Davi Moraes – guitarra
Marco Túlio – guitarra – Jota Quest
Radamés Venâncio – piano – Ivete Sangalo
Yves Passarell – guitarra – Capital Inicial
Bino – baixo – Cidade Negra

Pop Mundo Vol.3


Notícias que circulam por aí:


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quarta-feira, 23 de abril de 2008

Mil visitas!



Sem muita divulgação - só no boca a boca mesmo - o blog já ultrapassa a marca das mil visitas. Tomara que os textos estejam informando e divertindo. Bom, é isso. Postando apenas pra registrar. Para não passar batido. Segue abaixo o clipe da banda Mystery Jets, "Young Love" com a participação da execelente cantora Laura Marling. Resumindo o som é pop delicioso e não se assuste se sair assobiando a melodia. O clipe é bem legal. Verdade seja dita, essa música não sai da minha cabeça! A banda tem várias peculiaridades, mas isso fica pra resenha do disco dos caras, que estará por aqui em breve.




Mystery Jets - "Young Love" (Feat Laura Marling):

domingo, 20 de abril de 2008

Top 20 Brasil.

Rihanna se mantém em primeiro.


Pela terceira semana consecutiva, Rihanna se mantém na primeira posição da parada nacional, segundo o site Hot100, que lista as músicas mais tocadas nas rádios brasileiras. "Don´t Stop the Music" caiu nas graças do público e tem agitado não só as baladas. Quem também vem forte é Mariah Carey, seu novo single "Touch My Body" já está na segunda posição em poucas semanas. Seguindo uma tendência mundial. Já o gaúcho Armandinho não sai do lugar e fica mais uma vez na terceira posição com "Semente". "Low" do Flo Rida tem tocado bastante mais derrapa e fica com o quarto lugar. Sean Kingston estabiliza e não sai do lugar, "Me Love" fica mais uma vez com a quinta posição. As estréias da semana foram Darvin e Inimigos da HP. A primeira com "Pense Em Mim" na vigésima posição e a segunda com "Bye Bye (Ao Vivo)" na décima e sexta posição. Primadona e Colbie Caillat deixam a parada. Confira abaixo o sobe e desce da semana*:



  1. Don't Stop The Music - Rihanna (Universal) [Sem. Passada: 1] [=]
  2. Touch My Body - Mariah Carey (Universal) [Sem. Passada: 6] [+4]
  3. Semente - Armandinho (Universal) [Sem. Passada: 3] [=]
  4. Low - Flo Rida ft T-Pain (Warner) [Sem. Passada: 2] [-2]
  5. Me Love - Sean Kingston (SonyBMG) [Sem. Passada: 5] [=]
  6. 4 Minutes - Madonna ft Justin Timberlake (Warner) [Sem. Passada: 9] [+3]
  7. Extravasa - Babado Novo (Universal) [Sem. Passada: 4] [-3]
  8. Piece Of Me - Britney Spears (SonyBMG) [Sem. Passada: 8] [=]
  9. With You - Chris Brown (SonyBMG) [Sem. Passada: 12] [+3]
  10. No One - Alicia Keys (SonyBMG) [Sem. Passada: 7] [-3]
  11. Beleza Pura - Skank (SonyBMG) [Sem. Passada: 11] [=]
  12. Bang Bang - Dibob (Som Livre) [Sem. Passada: 16] [+4]
  13. Clumsy - Fergie (Universal) [Sem. Passada: 14] [+1]
  14. Dança do Créu - MC Créu (Furacão 2000) [Sem. Passada: 10] [-4]
  15. Fugindo de Mim - Sideral (Independente) [Sem. Passada: 15] [=]
  16. Bye Bye (ao vivo) - Inimigos da HP (EMI) [Estréia]
  17. Teardrops On My Guitar - Taylor Swift (Universal) [Sem. Passada: 17] [=]
  18. Ainda Assim Te Amo - Guto & Nando (Atração) [Sem. Passada: 18] [=]
  19. Pela Última Vez - NX Zero (Arsenal) [Sem. Passada: 13] [-6]
  20. Pense em Mim - Darvin (Independente) [Estréia]


*Semana do dia 12 ao dia 18 de abril.
Confira a lista completa do Hot100 aqui.

sábado, 19 de abril de 2008

Udora

Mineiros se destacam na cena indie brasileira.

Era mais de 250.000 pessoas, última noite do Rock in Rio III em 2001. A noite ainda teria Deftones, Capital Inicial, Silverchair e Red Hot Chili Peppers. Entçao sobem quatro mineiros com roupas despojadas e dreads. Despretensiosamente e humilde a banda cumprimenta o público que aguarda atento no sol escaldante da cidade maravilhosa. Vieram os primeiros acordes de “Burn My Hand” e grande parte da multidão pulava em sintonia com a desconhecida banda. Era a Diesel levando seu post grunge para todo o Brasil. A performance confiante e verdadeira cativou os presentes. No meio de “Plastic Smile” a banda é interrompida pela produção do evento, uma confusão fez com que a banda deixasse o palco. A saída, aplaudida e aclamada: “Diesel! Diesel!”, uma pena. Mas o estrago já estava feito. A repercussão se estendou por todo o ano, shows lotados e o CD demo vende em torno de 10.000 cópias. No entanto, Gustavo Drummond (vocal e guitarra), Leo Marques (guitara), Jean Dolabella (bateria) e Thiago Correa (baixo) resolvem que é hora de ir para os Estado Unidos, um sonho recorrente entre todos da banda. Em 2001 desembarcaram em Los Angeles com a roupa do corpo e 700 dólares. Agora, passando a se chamar Udora. Morando numa van velha e batalhando dia a dia a banda fez cerca de 150 shows em terras ianques e em 2006 lançou o excelente Liberty Square. Apontando novas direções e deixando o som sujo que beirava ao grunge no passado para se dedicar a melodias e timbres diferentes. O novo CD era um rock mais alternativo. O disco arrancou críticas positivas de diversos veículos norte americanos e alguns outros aqui no Brasil. Nesse momento a banda dá por satisfeita e resolve voltar ao Brasil. Com a saída de Jean e Thiago. Entram Daniel Debarry e PH no baixo e bateria respectivamente. Na volta, os velhos fãs do Diesel os receberam de braços abertos. Com uma demo de 13 canções que o grupo veio a disponibilizar de graça na Trama Virtual, colocaram o pé na estrada. Agora cantando em português e com um som mais limpo, gerou revolta nos fãs mais ferrenhos da fase antiga. Em diversas entrevistas Gustavo Drummond disse que é uma fase ótima, que sempre será lembrada nos shows, mas que agora a banda está indo por outro caminho, para ele cantar em português era um desafio e um sonho. Após diversos shows, a banda entra em estúdio para gravar o GoobyeAlô. A nova empreitada saiu no meio do ano passado e fala muito da volta para o Brasil, as frustrações, as conquistas. O disco ganhou várias críticas positivas ma imprensa nacional e também na importante publicação musical, a versão brasileira da Rolling Stone. O clipe “Porque Não Tentar de Novo” ganhou a programação da MTV e da PlayTV. No lançamento do Myspace Brasil, o Udora foi apontado como uma das promessas para 2008. Com a agenda repleta de shows, vem conquistando o páis aos poucos. Hoje a tantas bandas repetitivas e ou pretensiosas, a Udora é o principal nome do novo rock nacional. Que como bem vimos, não é tão novo assim. Vida longa ao Udora!

GoodbyeAlô

Não espere encontrar a sujeira e os dreads do Diesel, tão pouco os riffs e as amplificações alternativas de Liberty Square. GoodbyeAlô é um novo passo na carreira do Udora. Com músicas em português, apontam para um novo horizonte, o pop. Mas, não pense que isso é ruim, no caso do Udora as canções são melodiosas, memoráveis e totalmente acessíveis. Logo na abertura, o novo single “A Falta (Que Me Faz)” Gustavo canta: “A cada instante não vivido, me apego ao que só me tira a paz, eu penso em tudo que nuca tive, e sinto a falta que me faz”, talvez, sinceridade como essa, falta à galera de franja. “Porque Não Tentar de Novo” retrata bem o que é voltar pra casa e começar tudo outra vez, mantendo viva a chama do sonho. Em “Pôr do Sol”, banda nos leva a uma atmosfera limpa, cheia de cores e vivências. Daria um belo clipe em qualquer litoral. “Quero Te Ver Bem” tem cara de hit daqueles que se ouvem milhares de vezes e não se cansa de ouvir. “Mil Pedaços” além de animada têm uma boa letra e um riff que gruda. Aliás, o forte do álbum são as boas letras, um diferencial em tantas bandas falando de amor de uma forma banal e de poesia pobre. “Velho Lugar” tem cara de hit também. O final com a acústica faixa – título deixa a impressão que esse disco ainda vai muito longe. Porque GoodbyeAlô está acima da média, bem acima mesmo, do que se tem feito no território nacional. Talvez seja exagero, mas sorte a nossa de poder ouvir Udora.


Udora
GoodbyeAlô
Independente
Nota: 8,5




Mais em:
Udora
Myspace
Trama Virtual
Fã Clube Oficial
Orkut


Veja o novo clipe do Udora, "A Falta (Que Me Faz)":


Mallu Magalhães

O novo fenômeno musical da internet.

O mercado fonográfico está tentando se adaptar, mas a verdade é que o conceito de álbum para vender música, ou seja, o CD propriamente dito se enfraquece cada vez mais. Nesse momento turbulento que surgem novos artistas inteiramente assimilados com as novas ferramentas de divulgações digitais. A telefonia móvel e a internet ganham terreno importante. A música avulsa está cada vez mais forte. Talvez pela simplicidade ao acesso. Pra se ter uma idéia, você pode obter um música de sua preferência através do seu PC ou ainda melhor pelo seu celular. A comodidade e o preço atrativo – pouco mais de um real por faixa – têm feito que o formato digital para vender música cresça. Então, nessa transição surgem novos fenômenos digitais, que ganham o país. É o caso de Mallu Magalhães de apenas 15 anos. A menina gravou algumas músicas em seu violão e montou uma página no myspace onde colocou suas canções. Ela também se mostra bem versátil, além de violão, toca gaita, banjo entre outras coisas. As suas músicas são no melhor estilo folk rock, assim como os cuiabanos do Vanguart. Seu jeito “fofo” e adolescente conquistou a galera teen indie e também muitos marmanjos. Recentemente Mallu fez uma maratona televisiva, passando pelo Programa do Jô, pela MTV, Altas Horas e foi destaque também na mídia escrita como Folha de São Paulo, o portal de notícias G1 e diversos blogs por aí – nós só tivemos o estalo agora, hein? -. A música é calma e a “gatinha” canta bem realmente. A suas músicas no myspace já chegam a 700.000 execuções. Como dito antes, o seu comportamento adolescente confuso e curioso já faz gerar um “culto” em torno da jovem cantora. Com clipe rodando na MTV, não vai demorar muito pra Mallu Magalhães conseguir uma gravadora e uma boa fatia de novos fãs.

Mais em:
Myspace


Veja o clipe de Mallu Magalhães para "J1":

sexta-feira, 18 de abril de 2008

The Prodigy

O fenômeno que marcou a música eletrônica.

Na década de 90, o mundo foi pego de surpresa pela galera do Prodigy. Uma música que misturava eletro e rock pesado, os clipes com grande apelo desconcertante. Assustou criancinhas, ganhou fãs mais radicais do rock e vendeu mais de 10 milhões de cópias em volta ao mundo. Esse turbilhão de coisas não aconteceu do nada. Então vamos contar como tudo começou.

Embrião.


O grupo se formou em 1990 por Liam Howlett (o principal compositor da banda), Keith Flint (o cara mais carismático da banda, seja pelo seu cabelo exótico ou por suas performances endiabradas), Maxim Reatity (o rapper que também faz atuações memoráveis) e Leeroy (um cara que dança muito esquisito- ! -). Com essa formação matadora, estava formada a mais contraditória banda de que se tem notícia. Segundo Liam à MTV gringa, o grupo surgiu após Keith ter pedido uma fita das músicas que ele tocava na danceteria Essex na Inglaterra. Na tape, tinha várias música que ele tocava e também umas produções caseiras feitas por Liam. Keith curtiu tanto, que pediu pra que tocasse na casa noturna. Com equipamentos precários, a dupla se apresentou e foi um sucesso. Em seguida, Maxim e Leeroy que frequentavam o local entraram para a banda. Completo, a banda seguiu rumo ao estrelato


Caminho das pedras.


Antes de lançar o já clássico The Fat of The Land de 1997, a banda lançou outros discos de sucesso relativo se comparado ao álbum de '97. São eles Experience de 1992 e Music For the Jilted Generation de 1994. Neste momento a banda já acumulava sucessos que alcançavam o top da parada Britânica, como: "Voodoo People" e "Poison" de '94, "What Evil Lurcks" de '91 que sozinho vendeu mais de 7.000 Lp's. A banda já começava a lotar grandes clubes e a participar de festivais do circuito eletrônico. Mas a banda queria mais. Eles queriam a América, o mundo. E foi o que eles conseguiram em 1997.

The Fat of The Land.


Foi com o terceiro trabalho, o The Fat of the Land de 1997, que o Prodigy conseguiu ir além da Inglaterra e dominar as paradas mundiais. Ao todo, o álbum chegou ao topo de 22 países (incluindo o Brasil!). Segundo a gravadora Maverick - da Madonna - o álbum vendeu algo em torno de 10 milhões de cópias em todo o mundo. As performances endiabradas de Keith e companhia como em um show na Praça de Moscou na Rússia onde reuniu mais de 200 mil pessoas ensandecidas e ávidas pela atitude e irreverência de singles como "Breathe" e "Firestarter", ajudaram a compor o fenômeno da época. Aliás, "Breathe" e "Firestarter" separados, venderem mais de um milhão meio de cópias cada. Com todos esses números, não deu outra. Choveu prêmios: Grammy's, MTV Award's. Mas a banda também causou muito polêmica. Defensora fervorosa das "raves" - festas de música eletrônica onde o consumo de drogas é alto, uma grande dor de cabeça para muitos - comprou briga com muitas entidades de respaldo social, os seus clipes, dos já citados "Breathe" e "Firestarter", principalmente o último obteve muitas reclamações por parte dos telespectadores da BBC dizendo que a performance de Keith assustava as crianças. Já a peça áudiovisual de "Smack My Bitch Up", é proibida de passar até hoje em horário normal, por conter cenas de prostituição, alcoolismo e violência. Vendo o clipe, percebe - se certo exagero, que contriubuiu ainda mais para o sucesso dos caras. No geral os clipes alcançaram o topo em quase todas as MTV's e emissoras musicais do mundo. A banda passou pelo Brasil diversas vezes. Em 2000 Leeroy deixa o grupo que segue em frente como trio. O ano de 2004 foi marcado por um novo lançamento, o Always Outnumbered, Never Outgunned, após sete anos do último lançamento de inéditas. O álbum não emplaca como o previsto e um princípio de crise se aproximou. Muitos definiram: o hype do Prodigy já havia passado. Será? Bom no ano seguinte, alimentando mais os rumores de que a banda ia mal ao novo século, chega às lojas a coletânea Their Law: The Singles 1995-2000, que trouxe um novo remix para "Voodoo People". Lançada como single, mostrou fôlego, mas não era mais o velho e bom Prodigy. Hoje a banda se prepara pra mais um lançamento, que deve acontecer em junho. Liam disse em algumas entrevistas que o novo lançamento será mais melódico e que já mais de uma dezena de composições. Só nos resta aguardar e esperar um volta triunfal dessa importante banda no cenário pop mundial.

Revisitando o monstro.
Será que The Fat of the Land envelheceu bem?

O álbum de 1997 teve a façanha de colocar uma banda de eletrônico em festivais de rock tradicional. E o pior, levou diversos fãs ao delírio. Seja rock, eletro ou punk. A verdade é que este CD abriu precedentes importantes na música eletrônica. Até então artistas de eletro não eram lembrandos como artistas para mercado grande e participavam de guetos. Artistas como The Chemical Brothers e Fatboy Slim começaram a lotar estádios. Era um presságio de um novo estilo musical, fortemente comercial e pop. Ouvindo hoje as músicas deste CD. Ainda é nítido certo frescor e ainda funciona bem nas pistas mais modernas da atualidade. A urgência de faixas com "Breathe", "Fire Starter" e o cover do L7 "Fuel My Fire" ainda está muito atual. As faixas do disco parecem lhe dar uma sacudida, te passa uma atitude, uma revolta nos vocais inflamados de Keith Flint. Na verdade, a imagem da banda chocava e na época era "cool" e moderno usar camisas da banda. Era a nova banda dos rebeldes. Lembro ainda de que em diversos locais do Brasil, os clubbers - tribo que curte música eletrônica - viraram evidência por aqui. As raves estavam cada vez mais lotadas. Artistas como Barão Vermelho e Lulu Santos flertaram com a eletrônica. Era The Fat Of the Land marcando época. Pode não ter envelhecido bem para alguns, mas ainda é tão legal ouvir "Smack My Bitch Up" no talo em casa. Ver os clipes e se orgulhar de ter presenciado tudo isso em tempo real. Não é a toa que o álbum é aclamado pela crítica como um dos divisores de águas da música pop no final da década passada. A mistura de rock com eletrônico fez alguns fãs do primeiro estilo torcer o nariz, mas com toda aquela atitude roqueira nos palcos, conquistou os radicais. Hoje, temos bandas de música eletrônica como o Justice, LCD Soundsystem e The Rapture flertando com o indie. São bandas muito legais por sinal. Mas não consegue transportar tanta atitude e veracidade quanto o pessoal do The Prodigy. Chamaram-se o eletrônico de estilo musical. Então, The Fat of The Land é uma obra prima do gênero. Ouça até não poder mais.


The Prodigy
The Fat of The Land
Maverick - 1997
Nota: 9,0
Download



Discografia:
Experience - 1992
Music for the Generation
- 1994
The Fat of the Land
-1997
Always Outnumbered, Never Ouygunned - 2004
Their law: The Singles 1990-2005
- 2005

Mais em:
Prodigy
My Space
Prodigy Brasil

Veja uma apresentação alucinada de Prodigy tocando "Firestarter":



Veja o clipe de "Breathe":



Veja também o polêmico clipe de "Firestarter":

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Experimente o medo.

[REC], sucesso do cinema Espanhol, leva terror sincero aos cinemas.

Bom, o blog tem o enfoque na música, mas como também adoramos cultura pop e cinema é cultura pop por assim dizer, vamos resenhar um dos filmes mais badalados no meio independente após o azarão Juno. Enfim, o escolhido para abrir as portas por aqui foi [Rec], produção espanhola, que se tornou hype desde que foi lançado no final do ano passado. No boca a boca, o filme ganhou projeção internacional, com a ajuda eficiente da internet. Assista antes do remake sujo que Hollywood já providenciou, rebatizado por lá de "Quarentine". Mas falando do original. [Rec] conquista a platéia pela linguagem visual simples. Desfoques, perda de enquadramento, trepidações, imagem tremida. Enfim, tudo composto no melhor estilo "Bruxa de Blair" filme que com orçamento baixo que conquistou platéias em todo o mundo, onde as personagens filmavam tudo para um trabalho. Mas as comparações com a “Bruxa de Blair" param por aí. Por que o grande ponto de [Rec] é fazer com que tudo fique de forma real, muito além de correr e gritar, as interpretações dos atores são impressionantes. Às vezes, você esquece e até pensa ser um documentário verídico. No enredo, Angela Vidal repórter e seu camera man Pablo - que nem temos noção de quem seja em momento algum ele aparece - são designados para fazer um plantão com o corpo de bombeiros para o programa dos mesmos com o sugestivo nome "Enquanto Você Dorme". Interessante a idéia de uma das personagens filmarem todo o filme, bem mais eficaz que "Bruxa de Blair". De início, a repórter invade as instalações da equipe mostrando refeitório, dormitório e coisas do tipo. Talvez, o grande mérito de [Rec] seja esse: a despretensão. Nada faz menção há algo de terror. Os bombeiros recebem um chamado e a dupla embarca com os plantonistas. Eles chegam a um prédio cheio de policiais, no saguão os condôminos estavam horrorizados e diziam "ela está lá, mas não podemos entrar, ela está louca!" Angela e Pablo acompanham tudo e não param de gravar. Logo na seqüência vemos uma senhora no melhor estilo Freak Show, come a orelha do policial encarregado. É impressionante e desconcertante o pânico dos moradores. E é também impressionante a construção narrativa dos diretores. Em vez de enfocar os personagens e deixar a situação ali instalada em segundo plano, a direção faz justamente o contrário, dá enfoque à situação e deixa-a desenrolar, e é aí que [Rec] ganha o público. Na composição de um clima urgente e desconcertante. O mais engraçado é saber que o monstro do final é apenas uma maquiagem bem feita e uma ótima interpretação. Talvez hoje, esse deva ser o maior desafio do cinema contemporâneo, uma produção simples, mas que obtenha uma construção narrativa densa e criativa. Não há computação gráfica, tão pouco efeitos técnicos, a falta disso tudo é o grande charme de [Rec], as interpretações e principalmente a forma como é filmada, o horror de quem está ali, assusta muito mais que cabanas balançando ou mesmo monstros digitais. Não irei contar mais, pois pode estragar quem pretende assistir. A divulgação mundo afora, fez uma produtora norte americana crescer os olhos e produzir um remake, que com certeza, como quase todos que eles já fizeram do gênero, não chegará à altura do original. Portanto, assista antes que Hollywood coloque nos cinemas de sua cidade. Há muito tempo um filme não me prendia de tal forma. O experimente o medo da divulgação do filme ou mesmo o trailer que só mostrava a reação da platéia não é apenas ilustrativa, comercial. Mas sim, um fato. [Rec] é um dos melhores filmes de horror em anos. E se os diretores forem tachados de meros imitadores de George Romero - famoso por clássicos filmes de zumbis - vão se sentir lisonjeado. Pois nem o genial George, talvez, não seria tão eficiente, com tão pouco.



Ficha Técnica
Título Original: [Rec]
Título Traduzido: [Rec]
Gênero: Terror
Direção: Jaume Balagueró e Paco Plaza
Roteiro: Jaume Balagueró e Luis Berdejo
Tempo de Duração: 85 min.
Pais de Origem: Espanha
Nota: 9,0









Veja o trailer de
[ REC ]: