quarta-feira, 4 de março de 2009

Lançamento: Prodigy - Invaders Must Die



Há 12 anos, mas precisamente em 1997, poderiamos pefeitamente sintonizar em qualer FM furreca e escutar duas músicas: "Breathe" e "Firestarter". As músicas reuniam insanidade e energia.Batidas eletro alucinadas, guitarras ácidas e vocais insadecidos. Esso era
The Prodigy, que arrebatou o mundo no final da década de 1990 com o excelente "Fat of the Land". Ao todo o disco vendeu mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo e lotou estádio. Desde então, o grupo lançou o fraco Always Outnumbered, Never Out Gunned, em 2004, que da formação de ouro da banda, só contou com Liam Howllet. O álbum, apesar de bem recebido pela crítica e pelos fãs teve um desempenho tímido.


Depois de tantos anos, a espera pelo novo disco era grande. Afinal o grupo não produziu nada durante longos cinco anos.

Ouvindo
Invaders Must Die, sem muitas perspectivas, de cara pode se afirmar uma coisa: o Prodigy acordou de um tenebroso inverno.
A faixa-título que abre o disco, "Invaders Must Die", não poderia começar melhor: devagar até o vocalista entregar "We Are The Prodigy" e então a música explode em guitarras e sintetizadores. A energia e insanidade parecem estar de volta e muito bem. Séria candidata a single. Com um começo desses, só podemos esperar que o disco vá melhorando, e é o que acontece. Na sequencia, "Omen", o primeiro single deve virar hit fácil. Bons vocais e ótimas batidas. Ganhou um clipe frenético e com um pouco de polêmica, algo até previsível em se tratando de Prodigy. Em "Thunder" a turma do alucinado Keith Flint se rende às batidas do hip hop, mas nunca deixando de lado a mistura elterorock. Mantendo a temperatura de Invaders alta. Com um bom começo, continuamos nos surprendendo com a mistura tecno rock muito bem dosada em "Colours", mais uma que deverá ser single. Na sequencia, a urgência da ótima "Take Me to the Hospital" vai manter a temperatura das pistas e das rádios no talo, hit certeiro. Assim o disco segue alto, até chegar em uma das melhores faixas do álbum, a "Run With The Wolves". Com a participação do Foo Fighter Dave Ghrol nas baquetas, a música tem uma pegada forte e boas guitarras. Um clipe pirotécnio com a partipação do Ghrol não seria nada mal. "Words On Fire", como já indica, coloca mais fogo ainda na invasão do Prodigy, mas de forma cadenciada. Já quase no fim, "Piranha" deve ser a mais rápida do disco, o eletro punk tradicional da banda, sem deixar de lado os elementos da nova música eletrônica. Nesse momento esperamos uma faixa frenética para colocara a cereja que falta pro novo bolo do Prodigy. Mas não é isso o que acontece. O disco se encerra de forma apoteótica com a psicodélica "Stand Up" Com samplers de instrumentos de metais, a música faz uma referência forte ao DJ Fatboy Slim. Nesse momento, sentir vontade de ouvir o disco novamente é compreensível.

Com 11 faixas muito bem produzidas, é possível concluir que o Prodigy voltou a fazer o que sempre soube: incendiar as pistas com seu eletro rock. Com a formação que fez sucesso em 1997 o disco traz faixas mais candenciadas, o que pode deixar alguns fãs mais saudosistas desemparados, esperando algo parecido com
Fat of the Land. Não há muita coisa parecida com o maior sucesso da banda, mas ainda assim Invaders Must Die é sedutor. Tanto que pela quinta vez, abocanhou o primeiro lugar dos discos mais vendidos do Reino Unido, logo na primeira semana.
Após 12 anos de um grande marco na carreira do Prodigy e os tropeços logo na sequencia (como saída de integrantes e um álbum fraco), a banda volta a ser relevante de novo, mesmo com todo o tom retrô de Invaders. Os cinco anos de calmaria serviram para o grupo produzir este ótimo disco. Se renda! Invaders Must Die não vai te deixar parado.



Prodigy - Invaders Must Die, Ragged Flag | Cotação: 9,0

baixeaqui


Leia o que já foi publicado sobre o The Prodigy.

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