quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Kiss confirma dois shows no Brasil
O grupo norte americano Kiss fará dois shows no Brasil. Depois de confirmarem datas em países da America Latina, surgiram rumores da vinda da trupe de Paul Stanley ao país. As apresentações foram marcadas para os dias 7 e 8 de abril.
O primeiro show será em São Paulo no Arena Skol Anhembi, no dia seguinte a banda seguirá para o Rio de Janeiro, onde tocará na Praça da Apoteose. O preço dos ingressos ainda não foram divulgados.
No final do ano passado, Paul Stanley, o guitarrista do grupo, declarou que a banda trabalhava em um novo disco. O último lançamento de inéditas do Kiss foi o Psycho Circus, de 1998.
Arctic Monkeys toca nova música em show.
A banda Arctic Monkeys, em fase de finalização de novo disco, tocou o single "Crying Lightning" durante um show na Austrália. A canção é uma das quatro novas composições que o grupo vem tocando em suas apresentações.
A apresentação de "Crying Lightning" durante o festival Big Day Out, na cidade de Sidney, já está no YouTube. A música tem um ritmo mais lento do que os hits matadores do Arctic Monkeys, mas possui riffs muito poderosos. À partir dessa música e das outras soltas por aí (You Tube), já podemos esperar muito do novo disco dos Monkeys. Apesar de ter Josh Home (dos QOTSA) na produção, as faixas novas executadas nos shows não possuem característica de stoner rock.
Outras músicas como "Dangerous Animals", "Would You Like Me To Build a Go-Kart?" e "Pretty Visitors" também estão no You Tube. Basta clicar nos links para ouvir.
NX Zero é acusado de plágio.
O grupo de Nova York Taking Back Sunday acusou a banda brasileira NX Zero de plágio em um webchat, já disponível no Youtube. No vídeo, divulgado ontem no Virgula Música, o grupo manda um alô pra banda brazuca e fala sobre a suposta plágio de "MakeDamn Sure". Segundo os músicos, o refrão do primeiro hit do grupo, foi totalmente usado na música "Daqui Pra Frente" dos brasileiros do NX Zero.
"O refrão simplesmente foi roubado, cantaram todo em português" afirma os integrantes do Taking Back Subday.
O grupo Nx Zero que sempre se diz influenciado pela trupe nova-iorquina, ainda não se promunviou sobre o assunto.
No mesmo vídeo, a banda Taking Back Sunday diz que acabou conhecendo o grupo brasileiro através do MySpace. Os rapazes afirmam que foram "roubados da pior forma possível". Entre saudações ao Brasil, a banda diz que não ficou brava, mas sim lisonjeada. Os integrantes mandam os fãs ouviram a música dos brasileiros e dizem achar engraçado. Na sequência do depoimento, há uma comparação entre as duas faixas.
Nesse momento tudo faz sentido. A música "Daqui Pra Frente" do Nx Zero, presente no disco Agora de 2008, supostamente "chupada" de "MakeDamnSure", era até pouco tempo tema de abertura do seriado teen Malhação, misteriosamente a música foi trocada para a "fase 2009". Na comparação há diversas semelhanças entre as faixas. Vamos esperar pra ver. Se ficar comprovado o caso, não será a primeira falcatrua como essas no meio musical. Mas, na sinceridade, esse tal de Di Ferrero (um dos vocalistas mais arrogantes do cenário pop nacional) merecia essa pedrada ou "limãozada", como quiserem.
Veja o recado do Taking Back Sunday:
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
O sucesso da minissérie Maysa.
Na sexta passada (16) a Rede Globo levou ao ar o último capítulo (de nove) da minissérie que contou a saga da cantora Maysa Monjardim, ou simplesmente Maysa como ela gostava. Maysa - Quando Fala o Coração foi escrita por Manoel Carlos e dirigida por Jayme Monjardim, o filho da cantora. Popularizada nos anos 1960 como cantora de fossa, dona de sucessos como "Meu Mundo Caiu" a série que retratou sua vida obteve grande êxito junto ao telespectador. Chegou ao último capítulo após a meia noite e registrou impressionantes 23 pontos no Ibope da grande São Paulo.
A atriz Larissa Maciel viveu Maysa, que tinha personalidade forte, bebia e fumava demais,era arrogante, porém muito talentosa. Foi improssionante ver às semelhanças e o ótimo trabalho de preparação de Larissa. A moça tem futuro e se a "poderosa" for esperta já a coloca na próxima novela das nove, que por coincidência será mais uma dobradinha de Manoel Carlos e Jayme Monjardim. Larissa andava, falava e fazia os gestos muito semelhantes aos da cantora.
A parte técnica da minissérie foi ótima, dava gosto de ver. A fotografia, direção de arte e luz perfeita. Não deixando nada a desejar à produções Hollywoodianas. Prova que os anos em que Maysa deixou o Jayminho no internato ajudaram em muito a construir a sua bem sucedida carreira de hoje.
Com elenco afiado e ótimas interpretações, Maysa - Quando Fala O Coração encantou o público e levou a ótima música da cantora aos mais jovens.
Esse que vos escreve só conhecia a Maysa como aquela cantora que cantava na abertura de Presença de Anita e a bêbada, e desvairada de "Meu Mundo Caiu" - essas duas últimas observações continuam, mas, contudo o talento era muito maior que os devaneios da cantora. Foi ótima a oportunidade de conhecer a discografia da cantora, instigado pela série da TV.
Mais uma vez, a Globo acertou em cheio. Aliás, a emissora tem acumulado acertos nos últimos meses como a microssérie Capitu, baseada em um conto de Dom Casmurro, clássica obra de Machado de Assis. Provando mais uma vez que nossos produtos são tão bons como os da "gringa".
Maysa volta às prateleiras
O sucesso da minissérie Maysa, fez a gravadora Som Livre despertar para o hype e relançar, em CD, quatro álbuns da cantora que estava em seu acervo.
Os CDs Maysa é Maysa... é Maysa... é Maysa, Voltei, Maysa Canta Sucessos e Maysa Amor e Maysa devem chegar às lojas com preço sugerido pela Som Livre de R$15,00. Os discos foram lançados originalmente pela RGE.
Novo álbum do Arctic Monkeys à vista.
Em entrevista à televisão australiana Triple J, o vocalista e guitarrista da banda Arctic Monkeys, entregou que falta muito pouco pra finalização do novo disco. Alex Turner revelou ainda que está muito feliz com o encaminhamento do novo disco e espera que o disco chegue às lojas ainda no primeiro semestre deste ano.
O vocalista e guitarrista do Arctic Monkeys revelou que a banda está bem perto de finalizar a gravação de seu novo disco. Ele ainda disse que está "encantado" com o andamento do novo trabalho e espera que o disco seja lançado ainda no primeiro semestre desse ano. Turner falou também que foram ótimas as recentes sessões de gravação do grupo, que aconteceram próxima ao Parque Nacional Joshua Tree, na Califórnia, junto ao líder do Queens of The Stone Age Josh Home. Josh é o produtor do novo disco.
O último trabalho do Arctic Monkeys foi lançado em 2007, o ótimo Favourite Worst Nightmare. Ontem (20) a banda foi anunciada como head - liner do festival Oya Festival, marcado pra agosto na Noruega. Semana passada Alex e sua tripe apresentaram quatro músicas do novo disco - ainda sem nome, em shows na Nova Zelândia.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
U2 libera nova música em site.
A banda irlandesa U2 segue a nova tendência de mercado e libera pra audição gratuita em seu site oficial o primeiro single de No Line On The Horizon, a faixa "Get on Your Boots". A música começou a ser executada hoje nas rádios de todo o mundo e já pode ser comprada no iTunes. O disco só sai no começo de março, e em 5 formatos.
O single possui os riffs habituais do The Edge e lembra um pouco "Vertigo" do disco anterior. Nada inovador. Rock básico e direto. Talvez seja isso que o mercado anda precisando mesmo, ou não.
A banda deve tocar "Get on Your Boots" pela primeira vez na festa da premiação Brit Awards, marcada para o dia 18 de fevereiro, em Londres.
Se você não está a fim de conferir em streaming no site oficial do grupo basta baixar por aqui.
Documentário dos Titãs chega às telonas.
No último fim de semana chegou às telonas de todo o país o documentário Titãs - A Vida Até Parece Uma Festa, longa que conta conta a trajetória dos 25 anos de carreira da banda. A película foi dirigida pelo próprio Branco Mello, ao lado de Oscar Rodrigues Alves e reune imagens do acervo dos membros do grupo desde a década de1980, juntamente com arquivos de apresentações em programas de televisão e shows pelo Brasil.
O longa - metragem já foi exibido nas mostras de cinema do Rio e São Paulo. Além de contéudo dos Titãs, há também vários registros inusitados como a participação de Tony Belotto no grupo Mamão e as Mamonetes. Também consta no documentário todos os momentos de glória, as separações e a trágica morte do guitarrista Marcelo Frommer em 2001. Vale a pena conferir.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
U2 divulga detalhes do novo disco.
O grupo irlandês U2 disponibilizou nesta quinta-feira (15), em seu site oficial detalhes sobre o novo disco, No Line On the Horizon (bem como a capa acima) que deve ser lançado no dia 2 de março nos Estados Unidos e Inglaterra. A banda informou que o primeiro single será "Get Your Boots On" que será foi lançado ontem (15) em formato digital e hoje (16) em formato físico.
Segundo o site do grupo, o disco que começou a ser produzido em 2006, terá onze faixas e será lançado vário formatos. No tradicional CD com um encarte de 25 páginas, uma versão em digipack especial com um DVD contendo o filme "Linear" dirigido por Anton Corbijn. Será lançado também em box com um livro e em vinil.
No Line the Horizon será o 12º lançamento do U2, gravado entre Fez, no Marrocos, Dublin, Nova York e Londres com a produção de nomes de peso como Brian Eno, Daniel Lanois e Steve Lillywhite. Este será o primeiro lançamento desde o How to Dismantle an Atomic Bomb, de 2004.
Ainda segundo o site, a imagem da capa (a do início do post) em tom acinzentado, representa o encontro do céu e o mar. A arte foi criada pelo artista plástico japonês Hiroshi Sugimoto.
Confira a lista das músicas de No Line the Horizon:
1. “No line on the horizon”
2. “Magnificent”
3. “Moment of surrender”
4. “Unknown caller”
5. “I’ll go crazy if I don’t go crazy tonight”
6. “Get on your boots”
7. “Stand up comedy”
8. “Fez – Being born”
9. “White as snow”
10. “Breathe”
11. “Cedars of Lebanon”
Em 2008, 95% dos downloads musicais foram ilegais.
Um dado muito preocupante aos maguinatas da música foi divugado pela IFPI (Fedração Internacional da Indústria Fonográfica). Segundo a pesquisa levantada pela insituição de todas as músicas baixadas pela Internet no ano passado (2008), 95% foram feitas de forma ilegal. Apenas 1,4 bilhão de downloads foram feitos de forma legal, o que corresponde a 5% restantes. Comprovando mais uma vez que os usuários da Internet e consumidores de música não estão mais dispostos a pagar um disco inteiro por uma música e/ou ainda nem pegar por uma música.
Ainda com os dados da pesquisa, a música mais baixada de forma legal foi "Lollipop" do rapper Lil' Wayne. A música obteve 9,1 milhões de downloads.
Mesmo o mercado digital crescendo 25% gerando 3,7 milhões de dólares, a pirataria na Internet á a maior ameaça para o futuro da indústria mundial, segundo a IFPI. A pesquisa concluiu também que o mercado musical, no geral, caiu 7% em 2008.
Outra informação curiosa é que a venda de disco de vinil cresceu 89% nos Estados Unidos. A venda total chegou a 1,8 milhão de LPs. Deixando muitos empresários confusos. As pessoas que gostam de música compram por puro saudosismo ou porque o conceito de álbum ainda é atrativo?
No ranking de LP's mais vendidos, o primeiro lugar ficou com "In Rainbows" do Radiohead com 25.800 cópias vendidas
"Vamo lá, gentalha!"
Nunca fui de ver novela. Quando adolescente, vi poucas, afinal passava horas à frente da TV sintonizado na MTV Brasil. Mas lembro de ter acompanhado “Vamp”, as reprises de “A Viagem”, “Belíssima”, e as novelas recentes de Manoel “leblon” Carlos. Até aqui, “A Viagem” era disparada minha novela favorita e a Bia Falcão interpretada genialmente pela veterana Fernanda Montenegro era uma vilã descomunal. Tudo isso veio abaixo desde maio do ano passado, quando o jovem João Emanuel Carneiro enfrentou pela primeira vez o horário tão cobiçado das nove com “A Favorita”.
Desde as chamadas, com Patrícia Pillar e Claúdia Raia fazendo o mesmo discurso me chamou atenção. Mas o que me deixou mais curioso foi o fato de João ter feito apenas duas novelas das sete de muito sucesso ser escalado para o horário nobre. Foi uma aposta muito alta da Rede Globo. Na estréia, a concorrência alçou o último capítulo da novela mais bizarra de que se tem notícia. “Caminhos do Coração – Os Mutantes” da Record chegava ao fim para dar espaço de vez aos “Mutantes”. Apontado por muito como golpe de mestre do autor Tiago Santiago, a novela da Record roubou às atenções da estréia global deixando “A Favorita” com o ‘pior ibope de uma estréia de uma novela das oito de todos os tempos’. Não me espantou o alarde da imprensa e segui vendo a novela de João e comprei a idéia da dualidade de Flora (Patrícia Pillar) e Donatela (Claudia Raia).
Durante dois meses, Carneiro brincou com o público sobre a autoria do assassinato de Marcelo. Quem estaria falando a verdade? Flora pagou pelos seus crimes? Donatela é mesmo uma psicopata? João acabou com o mistério em pleno início de novela. Flora era mesmo a culpada, contrariando o público. Torci pra que fosse Flora mesmo. Patrícia Pillar merecia sua primeira vilã.
Deixando esses detalhes “técnicos” de lado, o folhetim virou meu favorito e de muitas pessoas que não gostam de novelas simplesmente porque não houve enrolação. Era ação, suspense, novidades a cada bloco, ganhando ritmo de seriados norte americano. Ao contrário das outras novelas em um capítulo aconteciam coisas que poderiam demorar semanas em outros folhetins. A barbárie de Flora e a ótimas atuações do núcleo de Triunfo seguraram os telespectadores e só fez aumentar a audiência da novela. De fracos 34 pontos de média do início a novela passou a 40 e na reta final tem batido 50 pontos diariamente, dando uma volta nos mutantes. Provando que o público está cansado do óbvio e quer ser provocado.
Vai ser muito difícil bater a atuação magistral de Patrícia Pillar como a vilã Flora. Amoral, irônica e criativa fez piada com tudo. E simplesmente foi impossível não rir de seus apelidos “carinhosos”. Quem zombaria do pai com mal de parkson o chamando de “tremelique” ou então chamar a própria filha de “purgantizinha”? Também vale ressaltar a atuação de outros veteranos como Claudia Raia, Jackson Antunes, Lilian Cabral, Glória Menezes, Mauro Mendonça e tantos outros que deram vida ao texto mais “difícil” que já foi levado ao ar no horário nobre.
Contudo, “A Favorita” que acaba hoje, marcou uma nova época na teledramaturgia brasileira. O fim de melodramas intermináveis, a busca interminável pelo verdadeiro assassino e principalmente, o fim de textos óbvios. Não foi dessa vez que a Record bateu a Rede Globo. Porque nem sempre uma piada tem o mesmo efeito pela segunda vez. O melhor de tudo é ter a certeza que a “poderosa” levou a melhor com um texto de qualidade. Que venham mais favoritas de João Emanuel Carneiro e “pode aplaudir, porque eu tô mandando!”.
Vejam uma palinha de Beijinho Doce remix, apresentação solo de Flora Pereira da Silva, grande hit desse verão:
Janela escancarada!
Durante vários meses o blog esteve pairando na inércia desse que vos escreve. Sem atividade. Jogado às traças.
Vários problemas pessoais, mudança de casa. Enfim, estive muito tempo por aí sem vontade de escrever aqui. Mas agora isso acabou, sem dramas.
A janela está escancarada. Tem novidades à caminho. Fiquem atentos!
Se é que alguém passa mesmo por aqui.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Gorillaz no estúdio em março.
Damon Albarn e Jamie Hewllet, o duo responsável pela banda virtual Gorillaz, deve voltar à Síria para gravar o sucessor de Demon Days, lançado em 2005.
No comando de um programa na rádio BBC 1, Damon revelou que voltará ao país com seu parceiro porque ama a música orquestrada árabe.
No mesmo programa os dois mostraram três demos que serão trabalhadas para o terceiro disco do grupo. As faixas foram intituladas "Broke", "Elctric Shock" e "Binge".
O Gorillaz foi a banda mais popular de 2008 no MySpace.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
"A Cidade do Sol"
Após o best - seller “O caçador de Pipas” Khaled Hosseini tinha um grande desafio: supera - lo à altura. Em “A Cidade do Sol” (A Thousand Splendid Sun), Hosseini Cruza de forma surpreendente as histórias distintas de Mariane & Hadish com as de Laila e Tariq, provando que veio pra ficar na literatura mundial. O livro assim como “O Caçador…” é ambientado no Afeganistão, explorando os detalhes e as mazelas locais das últimas quatro décadas. Mas, muito além de explorar o exotismo local, Khaled explora muito bem os sentimentos humanos e de como a vida pode ser ingrata com algumas pessoas tornando pois, assim, o seu romance universal.
O começo de Marian é o mais desanimador de que se possa imaginar e não por acaso o mais comum em diversas culturas. Filha da empregada com patrão rico, qunado criança alimentava ilusões sobre seu pai Jalil. O herói que a tiraria do lugar sem esperanças em que vivia. A menina esperta quias morar com o pai, fugiu de casa e encontrou a dura realidade de ser “a filha bastarda” de um empresário bem sucedido. Na volta pra casa viu uma das cenas da qual ninguém gostaria de ver: a sua mãe enforcada em suas fraquezas. O casamento arranjado às preças com Radish poderia ser um recomeço para a Marian na inocênica de seu 15 anos. O seu casamento com um homem muito mais velho e as tentativas frustradas de terem um filho juntos foi deteriorando o cotidiano de casal. Juntando isso com a intolerância e machismo de Radish resultou no inevitável: violência doméstica.
Paralelo ao drama de Marian, começa a história dos jovens Laila e Tariq, vizinhos de Marian. Um amor mútuo que só fez crescer com o passar dos anos. A invasão talibã alguns anos mais tarde devastou a cidade e Laila acabou perdendo seus pais e seu amor de infância. Tendo que pedir abrigo as vizinhos Marian e Radish. O que acontece então é surpreendente. Começa um triângulo amoroso conturbadíssimo. Com o nascimento do filho de Laila e Tariq. Marian e a mesma deixam de ser meras inimigas a grandes amigas dentro de um pesadelo sem fim à ambas. Um laço afetivo equivalente ao de mãe e filha encanta o leitor até as linhas finais.
Não querendo bancar o chato e contar pontos importantes do livro pra quem se interessou por esses aperitivos, o que pode - se dizer é que o livro é tão bom quanto “O Caçador…” e explora ainda mais os conflitos humanos. Deixando o leitor preso na trama até o fim, mechendo com seus conflitos, os seus valores. O grande trunfo de Khaled em “A Cidade do Sol” é esse: mecher com as relações pessoais do leitor. As ligações afetivas bem exporadas onde em muitos momentos da leitura comparamos com as nossa vidas.
Hosseini poderá dormir em paz novamente. “A Cidade do Sol” brilha mais que o reflexo solar nas areias do Afeganistão.
“A Cidade do Sol - A Thousand Splendid Sun” ; Editora Nova Fronteira; 2007.
Adaptação de "O Nevoeiro" não decepciona.
Sempre fui meio negligente quando o assunto é lançamentos cinematográficos. Como quase sempre corro atrás de música e seriados, muitos filmes passam batido - ainda mais com os preços dos ingressos nas alturas. Agora voltei a ver filmes com mais frequencia já que minha internet está muito melhor e posso baixar muitos filmes com qualidade ótima - pessoal não passo e nem vendo filmes pra ninguém, não insistam!
Bons filmes de terror e suspense estão cada vez mais escassos. Várias das fórmulas apresentados hoje já estão desgastadas a muito. Nesse momento tão ruim para o gênero, o diretor Frank Darabont foi buscar no mestre do terror Stephen King uma válvula de escape pra não fazer número aos péssimos roteiros apresentados nos últimos anos. “O Nevoeiro” (”The Mist”) é uma das histórias mais interessantes que já li do Stephen. Uma tempestade devasta a cidade de Maine e alguns moradores e personagens principais da história vão até o mercado pra se abastecerem de alimentos. Um estranho nevoeiro invade a cidade e as pessoas ficam presas dentro do local. No livro, King nos prende até o fim nos deixando agoniados pra desvendar os mistérios contidos na névoa. Frank poderia muito bem explorar apenas o lado colorido do livro (sangue) e esquecer os conflitos que existem entre as personagens onde o caos leva os mesmos ao fanatismo barato.
Felizmente, Darabont explorou os dois pontos principais do livro: os conflitos religiosos e o medo. Acreditar ou não no que estavam vendo. Uma fábula ou não? Como sou um fanático por terror, prestei atenção em cada detalhe do filme e em todas as amarras utilizadas que estão no livro. Existem adaptações muito melhores e fiéis por aí. Nem precisamos falar do clássico “O Iluminado” também de Stephen, adaptado brilhantemente por Stanley Kubrick. “O Nevoeiro” é um ótimo filme pra quem está fugindo de terror japonês, câmeras desfocadas e efeitos já cansativos.
Ficha:
Elenco: Thomas Jane, Marcia Gay Harden, Alexa Davalos, William Sadler, Laurie Holden, Chris Owen, Natahn Gamble, Andre Braugher; Direção: Frank Darabont; Gênero: Terror; Duração: Distribuidora: Paris Filmes. 126 min.;
Veja o trailer de “O Nevoeiro” (”The Mist”):
“Uma história da música popular brasileira”
Poucas vezes li algo sobre a história da nossa música popular. Muitas das vezes sentia falta de um livro que nos contasse passo a passo desde o início e que não ficasse preso aos clichês de livros didáticos. Jairo Severiano, um estudioso da MPB sintetizou todas as histórias de seu conhecimento no ótimo livro “Uma História da Música Popular Brasileira - Das Origens à Modernidade” lançado no começo desse ano pela Editora 34. Nas 504 páginas, Jairo discorre a história da MPB desde o ‘landu’ ao pop/rock atual.
Para não cansar o leitor, Jairo tematizou mais de 200 anos de história em quatro capítulos: formação (1770-1828), consolidação (1929-1945), transição (1946-1957) e modernização (de 1958 até os dias correntes). Todas as histórias são contadas de forma simples e direta. Sem muitos rodeios e nem devaneios. Dentro desses quatro tempos o escritor contextualiza gêneros e movimentos, assim como seus compositores, músicos e cantores que mais se destacaram ao longo de dois séculos de música.
O livro é uma ótima oportunidade pra quem quer saber mais sobre a música popular brasileira e não sabe por onde começar. O livro pode ser encontrado em todas as livrarias do Brasil e também pela internet.
“Uma história sobre a música popular brasileira - Das origens à modernidade”; Editora 34; 2008.Marcelo D2 arrebenta em novo disco.
O novo disco do rapper Marcelo D2 chega às lojas essa semana. “A Arte do Barulho” marca uma mudança na carrera solo de D2. O cantor inovou ao apresentar pro rap as maravilhas do nosso samba em “À Procura da Batida Perfeita”. Essa tal batida foi encontrada e se perdeu infelizmente no irregular “Meu Samba é Assim”. Neste novo disco, Marcelo conta com participações de nomes da MPB. Seu jorge e as gatas Mariana Aydar, Roberta Sá, e Thalma de Freitas emprestam seus talentos ao novo álbum do malandro.
Ouça sem parar a faixa - título com a partipação de Seu Jorge, as batidas casam bem com os riffs de guitarra presentes na música. Sem contar ainda, na sequencia o ótimo single “Desabafo”, uma séria candidata a música de 2008. A faixa traz o sampler de “Deixa Eu Dizer” de 1973 com a cantora Cláudia. A base eletrônica está no ponto e o refrão é forte e gruda. Dá vontade de repeti - la diversas vezes. Outros destaques do disco são: “Vem Comigo Que Eu Te Levo Pro Céu”, “Atividade na Laje” com a participação de seu filho Stephan Peixoto, “Meu Tambor” com a particpação pra lá de especial da funkeira Zuzuka Poderosa - D2 contou na coletiva pra divulgar “A Arte do Barulho” que a cantora o adicionou no My Space, ele ouviu algumas coisas e resolveu convidá - la pra participar do disco.
O disco vale uma conferida ainda mais nesse mercado nacional tão cambaleante e em falta de novidades que valham algo. “A Arte do Barulho” chega pra marcar mais um virada na carreira de Marcelo D2 e do mercado pop brasileiro. D2 vai contra a maré de indies, neo folks, emos e sertanejos universitários. Dando assim uma aula de bits e principalmente, resgantando grande nomes do samba. Atualmente D2 é um artista pop que nada deve aos gringos. Discaço.
Confira o D2 tocando “Desabafo” no VMB deste ano, fumando um: